ANIMAIS MARINHOS PERIGOSO
Animais Mordedores
Neste grupo encontraremos seres marinhos com características agressivas e/ou hábitos predatórios, providos de poderosas mandíbulas com dentes afiados que podem causar graves ferimentos lacerocontusos e/ou mutilações ao ser humano, em um encontro casual ou provocado. Este grupo se restringe basicamente aos tubarões, barracudas, moréias e outros peixes menores capturados por pescadores.
Tubarões
São, seguramente, os seres marinhos mais temidos e respeitados em todo o mundo. Apesar de tal fama, apenas doze espécies ocorrentes no litoral brasileiro __ a maior incidência ocorre no norte e nordeste __, conforme os registros, apresentam real periculosidade para os banhistas, surfistas, pescadores e mergulhadores. Altamente instintivos e imprevisíveis, e com enorme capacidade de percepção proporcionada pela combinação de seus sentidos apurados, os tubarões são atraídos, e incentivados a atacar, por sangue, movimentos bruscos e descoordenados, barulhos, peixes feridos, cores berrantes e objetos metálicos brilhantes. No informativo no 3, onde foi publicada uma matéria específica e mais abrangente sobre os tubarões, pode-se encontrar maiores detalhes sobre os hábitos, o comportamento de ataque, o ataque de tubarões e, ainda, os ataques no litoral brasileiro (com algumas estatísticas). Usualmente a lesão provocada pelo ataque de um tubarão advém de uma única mordida, de formato parabólico com bordas irregulares (múltiplas incisões lineares crescentes), que pode apresentar-se como laceração e/ou compressão, de acordo com o tipo de tubarão agressor. Em função da força mandibular empregada pelo animal, os danos podem extender-se internamente no abdôme e tórax quando a mordida ocorrer no tronco. Qualquer mordida, independente do tamanho do tubarão, deve ser considerada grave devido às grandes dilacerações que provocam. A hemorragia proveniente do corte de grandes vasos ou danos em estruturas internas altamente vascularizadas induz o choque hipovolêmico e o conseqüente afogamento da vítima. De acordo com os registros, a mortalidade provocada pelos ataques de tubarão está situada entre 20 e 35%.
Barracudas
Solitárias quando adultas e em pequenos cardumes quando jovens, são encontradas nadando ativamente próximo da superfície, nas águas costeiras e oceânicas. São potencialmente perigosas para banhistas e mergulhadores devido à sua grande boca provida de enormes caninos pontudos. Ao contrário do tubarão, a barracuda não se intimida com a presença humana. Curiosas e destemidas, com freqüência aproximam-se de mergulhadores e pescadores submarinos, podendo acompanhá-los por horas. Objetos brilhantes, cores vivas, sangue, e movimentos bruscos e descoordenados dentro da água atraem a barracuda. Ao sentirem-se atraídas podem atacar rápido e ferozmente. Os ferimentos provocados pelas barracudas são diferentes dos causados pelos tubarões por apresentarem cortes formados por duas fileiras quase paralelas (em formato de "V"), enquanto os tubarões provocam ferimentos dilacerantes cuja forma é parabólica (formato curvo de suas mandíbulas). Apesar da diferença, a hemorragia provocada por sua mordida também pode ser bastante intensa, provocando dilacerações que mesmo sérias raramente são fatais. Um grande espécime, que pode atingir até 3 metros de comprimento e pesar 50 quilos, entretanto, pode amputar parte do corpo humano, como atestam alguns registros de ataque.
Moréias
De hábitos costeiros, em águas relativamente rasas com fundo coralino e/ou rochoso, permanece entocada durante o dia vigiando os arredores. Muito nervosa, é capaz de atacar e morder qualquer coisa que a perturbe. À noite, quando é mais ativa, sai de sua toca para procurar alimento. A moréia não sai de sua toca para atacar o homem. No entanto, quando um mergulhador se aproxima da entrada de sua toca, ela põe a cabeça para fora, com a boca aberta ameaçadoramente. Se o "intruso" não notá-la a tempo, poderá levar uma potente mordida. Os ferimentos causados pelas moréias são do tipo lacerante e denteado. A hemorragia pode ser grande e a infecção secundária é freqüentemente encontrada. Além das dilacerações provocadas, a ferida normalmente infecciona devido à enorme quantidade de bactérias existentes no material não digerido que permanece entre seus dentes fortes e cortantes.
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